TCCENDO E EDUCANDO: Clarice Lispector

11 de março de 2009

Clarice Lispector

Clarice Lispector

Clarice Lispector, tinha uma forma de expressão muito pessoal, pois tentava aproximar o tempo da escrita com o ato de pensar a própria escrita. A sua história ficcional estaria sempre muito próxima à estrutura do próprio texto.Suas obras são uma excelente opção para trabalhar a interpretação e mostrar que a autora buscava enxugar o texto, dissecando cada palavra, a fim de atingir através da simplicidade uma dimensão mais próxima à rudeza da realidade.

Definir, ou simplesmente falar sobre a personalidade de Clarice Lispector, é um ato bastante complexo devido a sua ousadia. Então para esclarecer um pouco sobre seu interior, nada melhor que essa entrevista concebia a Gastão Morreira:

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Livros

A Coerência Textual(Ingedore Villaça Koch): A obra apresenta textos enfáticos e esclarecedores sobre como a coerência existe e como é importante em um enunciado. É a coerência que faz com que uma sequência linguística qualquer seja vista como um texto, porque através de vários fatores, que permite estabelecer relações entre os elementos da sequência, permitindo construí-la e percebê-la, na recepção, como constituindo uma unidade significativa global. Ressalta que é necessário contextualizar o texto e a leitura do aluno e não só ensinar redação.
A coesão textual(Ingedore Villaça Koch): O livro identifica os mecanismos constitutivos do texto e examina, a partir deles, as classes de palavras e de sentenças, os conectivos, os processos de ordenação e de retomada do tema, os tempos verbais, entre outros fenômenos. Os exemplos e os comentários são de extrema importância para a compreensão.
A Dama das Camélias(Alexandre Dumas Filho): o drama retrata a paixão profunda entre uma prostituta rica e um jovem menos abastado. Em seus encontros, embebidos no ambiente fútil das diversões decadentes da alta classe, sentimos o estranhamento, a dolorosa indiferença desse ambiente à insistência frágil do sentimento que quer se realizar contra o veneno "sensato" das aparências sociais, que precisam ser fatalmente mantidas.
A Educação como Cultura(Carlos Rodrigues Brandão): Pesquisando o complicado conflito entre teorias e práticas educacionais no Brasil, dos antigos movimentos de cultura popular as experiências mais recentes de pesquisa participante. Ele propõe uma pedagogia que procura fazer da educação um meio e um modo de transformação da cultura. Uma abordagem antropológica da educação que trás uma reflexão inovadora sobre o tema.
A hora da estrela (Clarice Lispector): A nordestina Macabéa, a protagonista da obra, é uma mulher miserável, abandonada, que não tem consciencia de existir. Depois de perder sua única parente (sua tia), ela se muda para o Rio de Janeiro, onde passa a dividir um quarto com tres colegas, começa a trabalhar como datilógrafa e gasta suas horas ouvindo a Rádio Relógio. Então se apaixona pelo bruto Olímpico de Jesus, também nordestino, que logo a trai com sua colega de trabalho. Desesperada, Macabéa consulta uma cartomante que lhe preve um futuro luminoso, e... (acreditem, o final é impressionante!!!)
A infância acabou(Renato Tapajós): Relata a realidade de vários problemas ocorrentes na vida de um adolescente como a separação dos pais, o primeiro amor, a necessidade de trabalhar para conseguir sua independência, drogas, violência, rap, rock, envolvimento com mulher mais velha.É muito bom este livro para trabalhar com adolescentes, por ter uma linguagem simples e uso de gírias.
Amar, Verbo Intransitivo(Mário de Andrade): Relata a história de uma familia burguesa, Souza Costa contrata Elza uma governanta alemã com a desculpa de ensinar alemão e piano para suas filhas, mas na verdade o pai de Carlos à contratou para o inicio da vida sexual do filho. Mas, os dois acabam tendo um forte sentimento e o pai os separam.
Clara dos Anjos ( Lima Barreto):Este romance é um profundo e condoído lamento contra toda a espécie de injustiças praticadas contra os desprovidos de fortuna. Passado num subúrbio do RJ, conta sobre a jovem e ingênua mulata Clara, filha do carteiro, que, apesar das cautelas excessivas da família, é iludida, seduzida e, como tantas outras, desprezada por um rapaz de condição social menos humilde do que a sua, um galã também suburbano, mas acima de tudo mau caráter, pintado pelo autor em cores agressivas até à exaustão. É pontilhado de referências sobre o preconceito racial. Todos os personagens são tipicamente suburbanos e o vocabulário já transpira a coloquialidade.
Dom Casmurro(Machado de Assis):O romancista inventou um mito, o de Capitu – bela mulher, sedutora, mas cigana, oblíqua e dissimulada. Além disso, atraiu o leitor com a suspeita do adultério.Ao condenar Capitu, a moça ambiciosa de família pobre, o advogado condena a si próprio, homem que desconfia dos que são socialmente diferentes. Contendo emoção e melancolia, as memórias do Dom Casmurro são belas porque fazem lembrar do primeiro beijo e dos medos do amor, mas principalmente porque estão envenenadas pelo ciúme mortal. O solitário Bentinho, ao relembrar sua vida e seu amor pela intrigante Capitu partilha com o leitor o ciúme e a desconfiança que encheram de amargor sua vida.
Esse amor veio pra ficar(Álvaro Cardoso Gomes): Ela tem 15 anos. Ele, 38. Quando o vê, é fulminada pelo poder de sedução daquele homem bonito, elegante, divertido e encantadoramente sensual.Esta é uma história de verdadeiro crescimento e, como a vida, reserva também boas surpresas. Será que inclusive para Cris?
Helena(Machado de Assis): Helena conta as desventuras de uma moça pobre que o destino coloca como falsa herdeira de uma família rica. Ela sustenta o equívoco, mas não consegue tirar proveito da situação e apaixona-se por Estácio, seu suposto irmão. Decorre daí um enredo envolvente, a poder, embora, de alguns expedientes esquemáticos e inverossímeis. A história passa-se na chácara do Conselheiro Vale, no bairro da Tijuca.
Morte e Vida Severina(João Cabral de Melo Neto): apresenta a viagem de um sertanejo que procura melhores condições de sobrevivência em outras paragens. Mais do que uma retirada, porém, a viagem surge como símbolo da vida e da morte de tantos marginalizados.
O cortiço(Aluíso Azevedo):Um homem qualquer, trabalhador e muito economizador adquire fortuna, amiga-se a uma negra de um cego e sente cada vez mais sede de riqueza. Arranja confusões com um novo vizinho(Miranda) ao disputar palmos de terra. Chega a roubar para construir o que tanto almejava: um cortiço com casinhas e tinas para lavadeiras. Prosperou em seu projeto. João invejava seu vizinho. Veio morar na casa de Miranda, Henrique, acadêmico de medicina, a fim de terminar os estudos. Nessa casa, além de escravos e sua família morava um senhor parasita (Botelho, ex-empregado). D. Estela (esposa de Miranda) andava se "escovando" com o Henrique, porém acabaram sendo flagrados pelo velho Botelho...
O Primo Basílio(Eça de Queirós): A história de Primo Basílio inicia-se com um casal feliz, Luísa e o engenheiro Jorge , na São Paulo de 1958. No entanto, é na ausência do marido, envolvido na construção de Brasília, que toda a trama ganha fôlego, ou seja, após a esposa "dedicada" reencontrar o primo, este faz- lhe uma visita, as quais tornam-se mais freqüentes e assim, vivem um caso extraconjugal.
O texto na sala de aula(João Wanderley Geraldi): Aborda os aspectos pedagógicos e sociais do ensino da língua portuguesa com base na experiência dos professores em sala de aula. Eles são especialistas das melhores universidades brasileiras, em que revelam os fundamentos do ensino da língua, da literatura, da leitura e da produção de textos na escola.
Preconceito Linguistico, o que é e como se faz(Marcos Bagno):é um livro que discute o uso da língua em sociedade, comentando, principalmente, sobre o preconceito embutido no uso da linguagem. Assim, o autor consegue expor sua opinião sobre os diferentes mitos existentes em relação ao preconceito lingüístico.
Vidas Secas(Graciliano Ramos):Severino é um retirante: ele é como muitos outros e que está partindo para o litoral, fugindo da seca, da morte. A vida na Capital parece mais atraente, mais "vida", menos "severina". Em suas andanças, entretanto, Severino se depara a todo momento não com a vida, mas sim com o que já conhece como coisa vulgar: a morte e o desespero que a cerca.

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