25 de setembro de 2009

As concepções de literatura

Do ponto de vista de Robert Escarpit:



A literatura é como instituição nacional,

E também como patrimônio cultural.

Ela é sistema de obras, pública e amores,

E cheia de primores.

Vista como uma disciplina escolar,

Faz o aluno imaginar.

Também é uma história,

Uma história literária.

Seus textos são consagrados

Pela crítica como sendo literários.

São essas concepções marcantes,

Que as escolas utilizam

A reprodução didática dos valores dominantes.

Nós, educadoras, com nossa bagagem

Devemos fazer com o nosso aluno uma viagem,

Um trabalho criativo com a linguagem!

24 de setembro de 2009

O que é ensinar português?

O que é ensinar Português?

Paramos para pensar em que sentido podemos ensinar a língua materna, pois as pessoas a utilizam para se expressar e comunicar-se no dia-a-dia. Ensinar o português, não é somente ensinar a norma culta e nem somente a língua escrita. Devemos também ensinar aos falantes a perceber os diferentes usos da linguagem que eles podem dominar, para que em cada situação dentro e fora da sala de aula, na sua vida social, eles saibam se adequar ao tipo de linguagem correta.
Segundo Ligia Chiappini de Moraes Leite: "Os professores de comunicação e expressão, inconformados com o bizantinismo dos programas oficiais, têm frequentemente tentado superar, na prática, a dicotomia língua/literatura.", onde os professores ficam inconformados com tantas asneiras e com a separação de língua com a literatura. Devemos integralizar as duas, pois assim, conseguimos formar um aluno crítico e criativo não só para a escola, mas para o mundo, sabendo assim, ter sua própria opinião. Integralizando língua e literatura, formamos um aluno por inteiro que sabe pensar, opinar e falar, pois um educador deve formar seu aluno para fazer a diferença, ou seja, um aluno que aprenda em um contexto e aja no mesmo, provocando modificações.

23 de setembro de 2009

Análise do discurso - textos verbais e não-verbais

Conhecendo um pouco da autora Vanice Maria Oliveira Sargentini. Possui graduação em Letras (1985), mestrado(1991) e doutorado (1998) em Linguística e Língua Portuguesa pela Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho e pós-doutorado na Université Paris III- Sorbonne Nouvelle (2008). Atualmente é professora adjunto da Universidade Federal de São Carlos (UFScar). Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Análise do discurso, atuando nos seguintes temas: reflexões epistemológicas e analíticas sobre análise do discurso, identidade, mídia e discurso político.

No artigo "Discurso e história: a construção de identidade do trabalhador brasileiro", Sargentini tem como objetivo examinar alguns procedimentos discursivos que constituem a identidade do trabalhador brasileiro em diferentes contextos do século XX. Para essa análise, a autora lançou mão de dois textos não-verbais e um texto visual e verbal (o que nos comprova que um texto não tem obrigatoriedade de possuir letras). No decorrer de sua análise propriamente dita, a autora baseia-se em diferentes autores e filósofos, juntamente com suas teorias e vozes, por exemplo: Coutrine, Foucaut, Gregolin, Pêcheux.





Tarsila do Amaral. Operários, 1931, óleo sobre tela, coleção Palácio de Verão do Governo do Estado de São Paulo, Campos do Jordão.
Trata-se de um retrato social exposto por um movimento artístico cultural, mostrando o pouco valor do trabalhador brasileiro da época.






O Estado de São Paulo, 06 de janeiro de 1999, primeira página, primeiro caderno. Uma foto de quase a metade dos trabalhadores da Ford, récem demitidos, tentando entrar na empresa para trabalhar, na data de publicação.






Folha de São Paulo, 22 de abril de 2001, primeira página, Encarte Especial Empregos. Uma manchete publicada na folha de São Paulo, que faz uma analogia aos dez mandamentos, direcionando-se ao "profissional do novo século" com dicas e ideias encorajadoras. Traz também, na imagem, um trabalhador na sua individualidade e tábuas desenhadas ao lado, que resgatam tábuas onde Moisés escreveu os mandamentos.

Conclui-se que, analisando alguns discursos sobre o trabalhador, é possível desvelar a construção da identidade do trabalhador brasileiro, que sobre influências discursivas, sustentando formações ideológicas de determinados momentos, passados e presentes.

Salman Rushdie





Ahmed Salman Rushdie nasceu dia 19 de junho de 1947, em Bombaim, Maharashtra India. Ele é um ensaísta e autor de ficção britânico de origem indiana. Estudou na Inglaterra, onde se formou com predicado (with honours) no King's College, Universidade de Cambridge. O seu estilo narrativo, mesclando o mito e a fantasia com a vida real, tem sido descrito como conectado com o realismo mágico. Rushdie casou-se cinco vezes. E, também, ele foi condecorado em 15 de junho de 2007 como Cavaleiro Comandante do Império Britânico, fato que provocou diversos protestos no mundo islâmico.

Estreou na literatura em 1975 com o romance Grimus. Rushdie é dono de um estilo próprio e dominando excelentes técnicas de narração, ele já era um autor consagrado quando venceu o Prêmio Booker em 1981 com a obra Os Filhos da Meia-Noite.
Tornou-se o mais famoso após a publicação do livro Versos Satânicos, em 1989, que causou controvérsia no mundo Islâmico, devido a este livroter sido considerado ofensivo ao profeta Maomé. Esta obra não é escrita de forma aleatória a contar a história, mas de maneira subjetiva e romanceadoa experiência de seu autor e sobre sua frustração com o Islã.

Versos Satânicos

7 de setembro de 2009

Língua Brasileira de Sinais

Atualmente, todos sabem que a Libras vem conquistando seu espaço de forma bastante significativa. Isso é resultado da inclusão social em nosso país, pois as pessoas surdas precisam, como as outras, se comunicarem, interagirem, enfim participar normalmente da vida social.

Aprender uma nova língua é aprender uma nova maneira de se comunicar com os seres humanos, é ampliar a capacidade expressiva de um indivíduo, tornando-o melhor posicionado diante dos acontecimentos da vida. Aprender nunca é demais!

E a inclusão desse eixo temático: "Processos interativos com a pessoa surda" na grade curricular foi estabelecido em um decreto assinado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Assim, cabe a nós, educadoras, adquirir o conhecimento em libras a fim de garantir o processo de inclusão da Pessoa Surda na sociedade.

O surdo não tem canal auditivo e aprende pelo canal visual, por isso é importante trabalharmos com recursos visuais: imagens, ilustrações, fotografias, desenho, retrato, entre outros. A comunicação entre o professor e o aluno surdo, bem como o desenvolvimento do processo de aprendizagem tornam-se viáveis quando se respeita a especificidade do aluno e quando suas necessidades reais são compreendidas. Devemos mostrar aos alunos que a surdez não é uma deficiência, que ninguém é igual a ninguém, pois todos nós possuímos qualidades e defeitos.
Enfim, é de suma importância que todos profissionais que lidam ou lidarão com educação, tenham o mínimo de conhecimento sobre esse meio de comunicação e interação que é a Libras. E depois que tornou-se lei que todos alunos de qualquer Licenciatura (e hoje, já em outros cursos) passasse por esse processo, que tanto engrandece, acreditamos que a inclusão será bastante satisfatória.

7 de julho de 2009

John and Liz Soars- Directions

Directions

As dinâmicas tornam as aulas diferentes e são fundamentais para fixarmos o conteúdo de maneira prazeirosa. Para aprendermos as direções, acompanhando o livro: "American Headway Starter", John and Liz Soars, a professora Leila fez uma dinâmica em que tivemos que andar em volta das salas de aula, seguindo a direção certa dita por ela: turn left; turn right and go straight ahead.
Estas aulas são superinteressante, pois os alunos de hoje querem algo diferente. Imagine se fizermos uma dinâmica com os alunos. Eles, com certeza, aprenderão e se divertirão ao mesmo tempo, mas é claro que devemos explicar o objetivo da brincadeira, e assim não irão precisar ficar decorando turn left, turn right, go straight ahead, ...Devemos trabalhar com aulas dinâmicas intercalando com as teorias. Enfim, iremos satisfazendo a vontade da escola e também do aluno.
Neste conteúdo podemos fazer também um diálogo, como por exemplo:


1) Start from the Hospital.




Excuse me. Is there a Hotel near here?





Yes, go down Melanie Street. Walk two blocks, turn right into Brian Street. Turn left on the Angel Street. The Hotel is on corner Angel Street and New Street.



2) Start from the Hotel.




Excuse me. Is there a Bank near here?





Yes, Go up Angel Street. Go straight ahead to the end of the street. Turn right on Andy Street. Go past Melanie Street. The Bank is on the left nad next to the school.

30 de junho de 2009

Atividades Lúdicas em Língua Estrangeira



A palavra Ludicadade vem de lúdico, que originou-se do latim "ludus=jogo".
A atividade lúdica na hora certa e de acordo com a maturidade emocional e cognitiva do aluno, é um recurso insubstituível na sala de aula. O professor precisa conhecer bem a atividade, explicar com clareza objetivo da brincadeira, pois o uso dessas atividades contribui para uma aproximação rápida entre alunos e professores.
Assim, os alunos têm uma aprendizagem melhor e muito prazerosa.


Sugestões de atividades lúdicas:

1) FORCA: soletrar as letras das palavras ou frases, assim trabalha-se o alfabeto;
2) TAPA: separar os alunos em dois grupos, e eleger um representante para cada um. Feito isso, distribuir para cada grupo cartões com as mesmas palavras do conteúdo estudado. Assim, quando o professor falar e escrever na lousa uma palavra ou frase, o grupo deverá relacionar com alguma palavra de seus cartões, em seguida o representante levanta-se e da um tapa na palavra mostrando a associação.


3) JOGO DA VELHA: desenhar no papel cartão um jogo da velha e colar bolsinhos de plásticos para colocar X ou O. Colar o jogo no quadro e separar a sala em 4 grupos, sendo que cada um terá um presidente para falar as respostas das perguntas, primeiro joga dois grupos, depois os outros dois e por último os vencedores da primeira e segunda jogada.


4) JOGO DA TELEPATIA: um aluno é solicitado para ficar de costas para a lousa e de frente para seus colegas. O professor escreve uma palavra no quadro e os demais alunos tentam contar em mímicas qual é a palavra.


5)PAINTING HOUSE: trabalhar com os nomes dos cômodos da casa; com as cores e família. O docente começa: "I painted my bedroom of green and my brother painted the living room of blue."

5 de maio de 2009

Bombardeio de informações

Bombardeio de Informações
Em sala de aula ouvimos sempre os professores dizerem que temos que formar cidadãos críticos, com opinião própria, e bem informados, estando eles, sempre prontos a debatarem sobre qualquer assunto. Isso é fato, e é importantíssimo para o êxito ao lencionar. Mas como nada na vida é fácil, e como tudo a ser feito bem possui suas dificuldades, há um problema a ser enfrentado por nós, futuros educadores: o excesso de informação.
O primeiro passo a ser dado para que não se perca o controle da situação, é tomar cuidado com os lugares onde pesquisar sobre qualquer assunto, ou até mesmo sites, pois há muitos fraudulentos na rede, que podem nos confundir e prejudicar-nos. O segundo, seria orientar nossos alunos a não acreditarem em tudo que leem e veem por aí, o que fica muito difícil com o crescimento e avanços dos meios de comunicação. Com tudo isso, torna-se difícil mantê-los com senso crítico próprio, já que têm tantas opiniões diferentes sobre os mesmos assuntos, que podem ser facilmente acessadas. Isso acaba confundindo-os.
O texto "A fadiga da informação", Augusto Marzagão, aborda este tema. Estes avanços não vão regredir, e sim progredir. Cabe a nós trabalharmos sempre em cima disso, orientando nossos alunos a tomarem cuidado com o excesso do uso desses tão variados meios de comunicação. Internet é muito bom, jogos também, tudo isso nos diverte, nos ajuda, nos informa, mas tudo na vida só é bom mesmo se "Apreciado com Moderação".


O texto "A fadiga da informação" é o texto 01 neste link: http://www.jesusadolescente.g12.br/proffs/mini-pages/25/web/fadiga.doc

1 de maio de 2009

O poeta da roça

O poeta da roça
Nóis apresentamo o cantô
De quem escrevo neste papé
Do poeta que tá à procura de amô
E não segue nenhum menestré.
Antes, o fio do pobre
Que sempre viveu sem cobre,
Não pudia estudá
Mas hoje tamo aqui pra ensiná.
Criança veve vagando por aí
Falando tudo errado ali
Tanto as do rico salão
Como as da serra do sertão.
Cultura é assim memo
Cada um tem uma
Se não, não tem graça
Foi bão por demais
Esse poeta da roça!
Texto original do poeta Pativa do Assaré: http://letras.terra.com.br/patativa-do-assare/872145

30 de abril de 2009

Resenha

KANITZ, Stephen. Volta às aulas in Editora Abril, Revista Veja, edição 1636, ano 33, nº 07. São Paulo, p.21, 2000.

Stephen Kanitz é consultor de empresas e conferista. Realiza seminários em grandes empresas no Brasil e no exterior. Já realizou mais de quinhentas palestras nos últimos dez anos. Mestre em administração de Empresas pela Harvard University, foi professor titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo. Hoje é também, articulista da revista VEJA.

Em um dos artigos que escreveu para a VEJA, Kanitz narra de forma explícita e coerente, sua trajetória acadêmica como aluno, em Harvard Business School.

Na Universidade, logo no início, os alunos receberam três problemas a serem resolvidos: um por matéria. Isso fez com que Kanitz estranhasse o sistema de ensino de lá, pois antes estava acostumado com os alunos sempre ouvindo o professor, e não com um ensino centrado no aluno, que era o utilizado na Faculdade.

Quanto aos livros, de nada adiantavam para resolver os problemas, pois a maioria deles era aquleles que ninguém havia enfrentado antes. Por isso, os professores utilizavam a metodologia inédita, pouco abordada hoje em dia, que é o "ensinar a pensar".
Para Kanitz, "ensinar a pensar" não é fácil, mas é necessário para os jovens nos dias atuais, pois ajuda a tomar decisões.

O texto trata de diferentes abordagens de ensino que foram e que são ainda enfatizadas em Universidades. Por Harvard Business School ser uma instituição estrangeira, percebe-se que não é só no Brasil que isso acontece. O fato de facilitar o aprendizado do aluno e o "ensinar a pensar" é preciso, porém nem sempre os educadores lançam mão disso.

A ideia de Stephen Kanitz é passar para os leitores que o ato de decorar teorias é antiquado. Para ele, os jovens devem aprender a tomar decisões no mundo atual. Por isso, torna-se um texto essencial para professores de todas as áreas temáticas, discentes e qualquer pessoa que queira ter sucesso em sua carreira e em sua vida particular.


*Texto original encontra-se neste site: http://www.kanitz.com.br/veja/harvard.asp

9 de abril de 2009

Relatando o TCC




Relatando o TCC


Atendendo à solicitação dos professores de Licenciatura Plena em Letras Português/ Inglês, apresentamos o nosso blog "Tccendo e Educando" criado por duas alunas, Ariane de Souza Costa e Carla Priscilla dos Santos, do 3º ano de Letras da Universidade de Uberaba, no dia 26 de fevereiro de 2009.

Este relatório atende ao nosso objetivo de apresentar-lhes a este gênero textual, sendo que tivemos acesso a um roteiro que tem por objetivo relatar fatos e experiências, e estrutura-se em quatro partes: introdução, desenvolvimento, resultados e conclusões.

Inicialmente, nós, para apresentarmos o TCC no blog acima referido, lançamos mão de pesquisas sobre alguns escritores estudados, que de maneira sucinta, coletamos os fatos mais importantes e publicamos textos e vídeos.
Dessa maneira, nós permitimos aos leitores perceberem a importância dos escritores na escola, aumentando assim o conhecimento de mundo deles.

Assim, quando continuarmos a publicar outros conteúdos abordados durante estes três anos, apresentaremos produções originais utilizando os diversos tipos e gêneros textuais.

Concluímos que o nosso TCC será interessantíssimo, atrativo e informativo, e todos têm a oportunidade de comentar e criticar no nosso blog.

Obs: Este texto acima é um exemplo de relatório.


13 de março de 2009

Castro Alves

Castro Alves


Ele foi poeta, escritor e foi um dos maiores abolicionistas do nosso país, sendo assim, considerado o poeta dos escravos. Tendo o seu principal poema "O Navio Negreiro", estrofes do mesmo são publicadas em livros didáticos, a leitura de seu livro é obrigatória em muitos vestibulares.

Vinicius de Moraes

Vinicius de Moraes


Ele é uma grande ponte entre a tradição e o modernismo. Criou um lugar próprio para ele pelo fato de não ser um modernista radical, da maneira como foram os paulistas da década de 20 e 30. Ele ousou voltar a trabalhar com soneto quando este já parecia ultrapassado. Essa junção de tradição e modernismo fez com que ele criasse esse espaço próprio, que até muito pouco tempo atrás era incompreendido. Vinicius forçou seu espaço em função do público e não da crítica.

Gonçalves Dias

Gonçalves Dias


Gonçalves Dias deixou uma obra em que se incluem dramas, peças teatrais, poemas e até um dicionário da língua tupi. Nela pode-se notar uma variedade tão grande de ritmos - cada texto encontrava seu próprio andamento - que alguns críticos o consideram o pai de um estudado desequilíbrio formal que as gerações futuras cultuariam. Tão grande era o domínio de Gonçalves Dias sobre a língua portuguesa que seu poema mais conhecido, a Canção do exílio, não tem, nos 24 versos que a compõem, um só adjetivo. Também é famoso seu nacionalismo e sua tendência a explorar temas indígenas. Para o ensino da Literatura, o trabalho do professor é fundamental. É ele quem liga arte, literatura e educação, num processso de conhecimento sobre a literatura e a expressão.

Cecília Meireles

Cecília Meireles


É a primeira grande escritora da literatura brasileira e a principal voz feminina de nossa poesia moderna. Sua obra privilegia a riqueza do léxico, numa linguagem que explora os símbolos e as imagens sugestivas, sobretudo os de forte apelo sensorial, enveredando inclusive pela musicalidade. A obra poética de Cecília Meireles ocupa lugar singular na história das letras brasileiras por não pertencer a nenhuma escola literária. Alta expressão da poesia feminina brasileira, inclui-se entre os grandes valores da literatura de língua portuguesa do século XX. A autora foi poetisa, professora, pedagoga e jornalista, e acima de tudo, uma mulher engajada com a educação e com a formação crítica.

Padre Antônio Vieira

Padre Antônio Vieira

É considerado um dos homens mais extraordinários do século XVII, por sua atuação política e religiosa no Brasil e em Portugal, e por sua influência na vida cultural e literária em outros países. Sua escrita feita de contrastes e contrapontos, representa muito bem um estilo de época, conhecido como Barroco. Para uma colônia ainda sem representação literária,o Padre Antônio Vieira pode ser perfeitamente considerado o fundador e mestre representante do Barroco Literário no Brasil. A oratória, cuja função social era a propagação da fé e do catolicismo, adquire grande importância priorizando as regras da eloquência e produzindo um discurso engenhoso. Os sermões de Padre Antônio Vieira servem a este propósito: propagar a fé com os recursos da retórica. A língua portuguesa, para ele, é uma língua fundamental. Como exemplo, destaca-se o sermão dedicado a Nossa Senhora do Ó, em que ele fala o tempo inteiro do significado da letra “o”, destacando-a como figura geométrica e como fonema. Sendo assim, o sentido desta palavra está associado à sua forma e ao seu som.


"Sermão da Nossa Senhora do Ó. A figura mais perfeita e mais capaz de quantas inventou a natureza, e conhece a Geometria, é o círculo. Circular é o Globo da terra, circulares as Esferas Celestes, circular toda a máquina do Universo, que por isso se chama Orbe, e até o mesmo Deus,
se, sendo espírito, pudera ter figura , não havia de ter outra, senão a circular. O certo é, que as obras sempre se parecem com seu Autor: e fechando Deus todas as suas dentro em um círculo, não seria esta idéia natural, se não fora parecida à sua natureza(...) O primeiro círculo, que é o mundo, contém dentro de si todas as coisas criadas: o segundo, incriado e infinito, que é Deus, contém dentro em si o mundo, e este terceiro, que hoje nos revela a fé, contém dentro em si ao mesmo Deus: Ecce concipies in útero, et paries Filium: hic erit magnus, et Filius Altissimi vocabitu4. Nove meses teve dentro de si este círculo a Deus; e quem pudera imaginar, que estando cheio de todo Deus, ainda ali achasse o desejo capacidade e lugar para formar outro círculo? Assim foi; e este novo círculo formado pelo desejo, debaixo da figura e nome do O, é o que hoje particularmente celebramos na Expectação do parto já concebido : Ecce concipies, et paries. De um e outro círculo, travados entre si, se comporá o nosso discurso, concordando ( que é a maior dificuldade deste dia) o Evangelho com o título da Festa, e o título com o Evangelho. O mistério do Evangelho é a Conceição do Verbo no ventre virginal outro círculo; o que pretendo mostrar, em um e outro, é que assim como o círculo do ventre virginal na Conceição do Verbo foi um O que compreendeu o Eterno. Tudo nos dirão, com a Graça do Céu, as palavras que tomei por tema: Ave Maria. (Vieira, 2002, p. 11)."

William Shakespeare

William Shakespeare


Ele foi um dos maiores dramaturgos de todos os tempos, teve uma vida sem maiores problemas financeiros até os doze anos de idade. O seu pai que fabricava tintas, bolsas e luvas de couro, faliu. A partir daí, Shakespeare começou a trabalhar para ajudar no sustento da família. Mesmo assim, não deixou de ler autores clássicos, contos, novelas e crônicas que foram fundamentais na sua formação de poeta e dramaturgo.

Portanto, é interessante contarmos um pouco sobre a vida desse autor, que é considerado o melhor poeta da língua inglesa. E viveu no período Elizabetano, época do auge da cultura inglesa. Shakespeare fez experiências com a gramática e com o vocabulário, impedindo que a língua se estagnasse. Ele foi de grande importância na literatura inglesa. Uma de suas obras mais conhecida é "Romeu e Julieta".

Patativa do Assaré

Antônio Gonçalves da Silva-

Patativa do Assaré






Antônio Gonçalves da Silva, conhecido como Patativa do Assaré, pois naquela época os poetas eram chamados de "patativas" porque viviam cantando versos, ele tem inúmeros folhetos de cordel publicados em revistas e jornais. Outro gênero textual que podemos abordar é o cordel,. A Literatura de Cordel, é poesia popular, é história contada em versos, em estrofes a rimar, escrita em papel comum, feita pra ler ou cantar. E além disso, ele canta os contrastes do sertão nordestino e a beleza de sua natureza, apresentando a arte. Estes trechos abaixo é o início do cordel "Aos Poetas Clássicos":



"Poetas niversitário,

Poetas de Cademia,

De rico vocabularo

Cheio de mitologia;

Se a gente canta o que pensa,

Eu quero pedir licença,

Pois mesmo sem português

Neste livrinho apresento

O prazê e o sofrimento

De um poeta camponês.

Eu nasci aqui no mato,

Vivi sempre a trabaiá,

Neste meu pobre recato,

Eu não pude estudá.

No verdô de minha idade,

Só tive a felicidade

De dá um pequeno insaio

In dois livro do iscritô,

O famoso professô Filisberto de Carvaio. "












Machado de Assis

Machado de Assis



Machado é um contista de mão cheia, apresenta contos sobre os mais variados temas, sempre com profundidade, porém variando o tom, a intenção. Este é um dos motivos para apresentar aos alunos este autor, pois eles têm a opção de escolha para trabalhar o tema que lhe interessa, estimulando assim a leitura, e também a interpretação deles com uma visão crítica sobre o tema abordado nos mesmos.

Eça de Queirós

Eça de Queirós



Eça de Queirós foi um observador da sociedade e transportou para suas obras os hábitos, manias e outros detalhes do comportamento humano. Ele é um dos maiores nomes da Literatura Portuguesa e universal. Com o livro "O Primo Basílio", trabalhamos bastante na análise e na comparação deste com o filme dirigido por Daniel Filho. Como a leitura está sendo esquecida pelos alunos, precisamos resgatá-la, e para isso percebemos que é interessante passar um filme para os aprendizes, assim eles poderão ter adoração pela história e poderemos trabalhar com eles as diferenças existentes do filme com o livro, pois ao começar a leitura os aprendizes vão lembrando das cenas do filme.

João Cabral de Melo Neto

João Cabral de Melo Neto




Neste documentário, artistas, escritor, compositor, atriz, irmã, fazem uma homenagem a João Cabral de Melo Neto, contando sobre sua poesia e o seu jeito de escrever. Este é outro autor sensacional, que foi muito críticado pela secura da linguagem em seus textos, e também acusavam-no de ser um poeta sem alma, que fazia poemas frios, racionalistas, medidos a fita métrica e sem coração. Mas, ele dizia que "A poesia é a linguagem para a sensibilidade. E a prosa é uma linguagem pra razão".

Analisamos e apresentamos a obra "Morte e Vida Severina", em que a vida e a morte são igualmente tratadas. A vida é severina porque castiga o homem, pois exige dele aquilo que ele não tem. A morte é severina porque, ao lhe tirar a vida, ainda é mais generosa que ela: ao morrer, o homem ganha uma cova, um pedaço de terra que, apesar do tamanho, é ainda maior do que aquilo que ele pôde conquistar em vida. Excelente, poema este que aborda um tema tão profundo.

Lima Barreto

Lima Barreto




Este autor trabalhou em suas obras excelentes temas de grande importância para a concientização humana e também aborda o nacionalismo. Relata as histórias e as vontades do povo da época. Foi um escritor pré-modernista e, seus livros podem ser uma ótima opção de leitura e interpretação devido aos assuntos abordados, a linguagem, e pelo escritor que também merece destaque em nossa fabulosa literatura.

Trabalhamos uma obra riquissíma: "Clara dos Anjos" é um romance que nos conta a história de uma jovem e ingênua mulata de nome Clara, filha do carteiro Joaquim dos Anjos. Ela é seduzida pelo malandro Cassi Jones. Cassi é um jovem branco, um pouco ignorante e torpe. Usa este sobrenome porque, supostamente é descendente de uma nobre família inglesa. Seu pai não fala mais com ele após suas muitas aventuras que desonraram muitas donzelas e desmanchou vários casamentos (a mãe de uma das vítimas se suicidou; o marido que ela arranjou depois distribui anonimamente um documento sobre Cassi pelo RJ). Cassi toma Clara como sua próxima vitima, e tenta se aproximar dela. Começa pela festa de aniversário desta e vai seguindo, apesar de ser aconselhada pelos pais e pelo padrinho e de muitas outras pessoas falaram-na sobre ele. Clara não dá trela a ninguém e continua atraída por Cassi. Ele passa a utilizar um velho, "dentista", como correio para eles. Passado algum tempo Cassi vai para São Paulo, à procura de um possível emprego; Clara está grávida. Depois de pensar em aborto, Clara revela a verdade à mãe, que vai ver os pais de Cassi. Lá ela é considerada como só "mais uma mulatinha" e fica a perceber a total verdade. Pontilhado com referências sobre o preconceito racial, este foi o primeiro romance de Lima Barreto que é mais um dos últimos a ser publicado. Todos os personagens são tipicamente suburbanos como é característico ao autor, o vocabulário transpira a coloquialidade.

11 de março de 2009

Aluísio Azevedo

Aluísio Azevedo


A obra de Aluísio Azevedo se insere em uma orientação interessada e empenhada da literatura brasileira e é nesse sentido que permite que as relações entre literatura e sociedade possam ser rastreadas. Nesse sentido, ler a obra e perceber suas características de época e principalmente o estilo do autor.

Luís Vaz de Camões

Luís Vaz de Camões

O poeta neoplatônico, o mestre das formas líricas.

Este escritor também é um grande contribuinte em nossa rica literatura, é interessante resaltarmos aos alunos que o escritor Luís de Camões representa o Renascimento português. Suas obras eram líricas, onde destacam fortemente a cultura renascentista. As poesias amorosas dele definiam a exaltação da mulher amada, com profundas reflexões sobre o sentimento amoroso, entre outras características de seus belos sonetos.

Clarice Lispector

Clarice Lispector


Clarice Lispector, tinha uma forma de expressão muito pessoal, pois tentava aproximar o tempo da escrita com o ato de pensar a própria escrita. A sua história ficcional estaria sempre muito próxima à estrutura do próprio texto.Suas obras são uma excelente opção para trabalhar a interpretação e mostrar que a autora buscava enxugar o texto, dissecando cada palavra, a fim de atingir através da simplicidade uma dimensão mais próxima à rudeza da realidade.

Definir, ou simplesmente falar sobre a personalidade de Clarice Lispector, é um ato bastante complexo devido a sua ousadia. Então para esclarecer um pouco sobre seu interior, nada melhor que essa entrevista concebia a Gastão Morreira:

Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade

Ele é um dos principais poetas da geração modernista do período pós anos 30. Escreveu principalmente uma poesia observadora do cotidiano das pessoas simples e, além disso, foi um cronista de mão cheia. É nosso papel incentivar os alunos a ler grandes e preciosas obras, para eles possam conhecer as características e autores de cada época.

Érico Veríssimo

Érico Veríssimo

Nasceu em Cruz Alta, Rio Grande do Sul, em 17 de dezembro de 1905. Filho de família abastada que faliu, foi obrigado a exercer atividades como: ajudante de comércio, bancário, balconista de farmácia e desenhista na imprensa gaúcha. Em 1931, transferiu-se em definitivo para Porto Alegre, onde se tornou diretor da Revista do Globo. Mais tarde, lecionou literatura na Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos. Faleceu em 28 de novembro de 1975, em Porto Alegre. O escritor de estilo simples é o representante gaúcho do regionalismo modernista e uma das grandes expressões da moderna ficção brasileira, ao focalizar o homem contemporâneo divorciado da religião, na busca de uma solução nem sempre otimista.

A obra deste grande escritor Érico Veríssimo é muito interessante, para ser trabalhada com os estudantes devido ao fato de todos os acontecimentos importantes que ocorreram no século passado, no Brasil e no mundo, serviram de panorama para as obras do escritor.

Graciliano Ramos

Graciliano Ramos

Graciliano Ramos nasceu em Quebrangulo (AL), em 1892 e faleceu no Rio de Janeiro, em 1953. Fez os primeiros estudos no interior de Alagoas e tentou o jornalismo no Rio de Janeiro. Regressou a Palmeira dos Índios (AL), cidade da qual foi prefeito, em 1928, renunciando ao cargo dois anos depois e passando a dirigir a Imprensa Oficial do Estado. Em 1933, foi nomeado Diretor da Instrução Pública. Por suspeita de ligação com o comunismo, foi demitido e preso em 1936. Remetido ao Rio de Janeiro, permaneceu encarcerado na Ilha Grande, onde escreveu Memórias do cárcere. Em 1945, aderiu ao Partido Comunista Brasileiro.
O trabalho com este autor tem como objetivo multiplicar o pensamento gracilianista entre crianças, jovens, estudantes e interessá-los pela cultura do povo alagoano. Desenvolver com eles potencialidades artísticas nas variadas linguagens. Graciliano registrou em suas obras: Caetés, Vidas secas, Angústia, Infância, Memórias do cárcere, São Bernardo e A terra dos meninos pelados, etc, a grandiosidade do homem em sua humilde origem.

José de Alencar

José de Alencar

A importância do escritor cearense para a nossa literatura é muito alta. Suas obras influenciaram muito para que fosse definido a formação literária nacional, sendo seu estilo um espelho para futuros escritores. A apresentação deste autor nas escolas é fundamental, por ele ter sido o primeiro grande romancista brasileiro. Além disso, os brasileiros estão esquecendo uma das coisas mais preciosas que o nosso Brasil tem e, que é nossa obrigação como educadora de preservar: a leitura, deste e dos demais grandes escritores.

4 de março de 2009

Mário de Andrade

Mário de Andrade





Mário de Andrade nasceu no dia 09 de outubro de 1893, em São Paulo. Ele foi poeta, romancista, contista, ensaísta, crítico literário e de arte, musicólogo e folclorista. Mas, sobretudo, foi o primeiro literato a escrever em brasileiro. Dizem que sua personalidade irradiava alegria de viver e estímulo ao trabalho criador. Fazia parte de seu ideal de cultura a preservação da memória, a fim de cultivar valores nacionais e afirmar nossa tradição. Isso, aliado à crença na aplicação dos ideais modernistas no cotidiano paulistano levou o escritor a participar efetivamente do florescimento da cultura na cidade de São Paulo.

Nos anos 30 criou e dirigiu o Departamento de Cultura da Municipalidade Paulistana, que mais tarde se tornaria a Secretaria Municipal da Cultura. Nasceu deste departamento a idéia de uma biblioteca que servisse como depositária de toda a história cultural da cidade e do Brasil.
O primeiro momento modernista, compreendido entre os anos de 1922 e 1930, devido ao seu caráter anárquico e sentido destruidor, é o mais radical de todos os três momentos desse movimento. Isso se dá devido à necessidade de se romper com o tradicionalismo, ou seja, com a tradição acadêmica da época e chocar o público. Naquela época, esses recursos eram tão inovadores, que chegavam a chocar o leitor. Além da nova linguagem, o Primeiro Momento Modernista também é caracterizado pelo nacionalismo exacerbado; pela procura de uma "língua nacional", ou seja, a língua falada pelo povo nas ruas; pela reescritura de textos do passado, na forma de paródia; e pela incorporação do humor e irreverência. Portanto, ele é um dos grandes escritores de nossa literatura.

Eu, Ariane e Maria de Lourdes, apresentamos o conto "O peru de Natal", Mário de Andrade escolheu a melhor data, pois o Natal é uma tradição um momento de reencontro. A temática social narrada nesse é o cotidiano de uma família onde registra uma dualidade entre ficção e realidade que é uma crítica modernista. Este conto apresente patriarcalismo, pois a família sempre foi submissa as ordens do pai. O Juca considerado por todos como rebelde é que planeja ultrapassar essa barreira e propõe à família a realização da ceia com peru.

26 de fevereiro de 2009

Othello

Othello





Otelo foi um filme marcante, pela história que o envolve e para enterdermos o contexto estudado na Literatura Inglesa. Para isso escolhemos os três principais personagens da trama, discorremos sobre suas características, e, ao mesmo tempo, contextualizamos com a obra:





Otelo - General mouro e nobre a serviço da República de Veneza.
Otelo, de fato é "nobre": seu consciente antes da queda está sob firme controle, sendo justo e absolutamente digno, de caráter, atitudes e sentimentos nobres.
Entretanto, era ingênuo, pois desconhecia a maldade humana e era incapaz de reconhecer a malícia nas pessoas.
Isso é percebido quando ele descobre que fora traído por Iago e acredita que tal atitude não é obra de uma pessoa, mas do diabo. “Procuro ver-lhe os pés. Mas não... É pura fábula. Se fores o diabo, não conseguirei matar-te.” (fere Iago)
Além disso, Otelo era fraco, ele não acreditou que seu amor era forte o suficiente, bastou que Iago insinuasse que Desdêmona o estava traindo para que ele acreditasse.
A sua idade não é revelada na obra, mas são encontradas algumas passagens que nos remetem a idéia de que ele era um homem de idade avançada.

Desdêmona
- É uma jovem nobre, pretendida por vários jovens das melhores famílias da República, não apenas por sua beleza, mas também por seu rico dote.
Ela era "uma jovem tão tímida, de espírito tão sossegado e calmo, que corava de seus próprios anseios!".
Tais características ficam explicitas na atitude de seu pai,
que ao saber que ela casou-se com o Mouro, atribuiu tal fato à bruxarias. Em uma época em que os casamentos eram arranjados pelos pais, Desdêmona gozava do
privilégio de poder escolher seu próprio marido, porque seu pai confiava muito nela.
Todo esse perfil singelo que envolve Desdêmona sofre uma brusca alteração quando ela abandona sua família e, apesar das diferença s de idade e raça , vai viver ao lado de Otelo em sua vida aventurosa de militar.
O fim de Desdêmona é extremamente triste: Além de ter sua imagem de esposa dedicada maculada, ela é abandonada por Deus, ou seja, nos seus últimos momentos de vida, não teve sequer o consolo da religião (p142).
Desdêmona é um personagem que , além de tudo o que já foi dito, nos ajuda a
entender um pouco mais do próprio Otelo. Por meio dela nos é revelado os traços morais de Otelo, características essas que contrastam com seu exterior rude.

Iago - o tempo todo, a falsidade e a corrupção permanecem em segredo. A dissimulação de Iago reina entre a aparência e a realidade.
Ele ri às escondidas de suas maldades e tem o público como seu confidente. Acena e pisca o olho para a platéia, querendo atrair o público com sua esperteza.
Só nós os espectadores conhecemos as intenções de suas maquinações.
Não temos como negar; a tragédia de Otelo é, precisamente, o fato de Iago conhecê-lo melhor do que ele próprio se conhece; à sua maneira excepcional, foi o mais inquisidor e universal dos observadores, levado pelos propósitos de descobrir ou inventar.
Ele era alferes de Otelo, que no regime militar atual, corresponde ao posto de 2º tenente.
Não media esforços para alcançar seus objetivos e todo lado negro de sua alma vem à tona em seus monólogos.
Iago odiava Otelo. Ele não suportou o fato de Otelo ter promovido Cássio ao posto de Tenente, cargo esse que ele acreditava ser seu pelo fato de possuir maior experiência.
Iago, não suportando ver outra pessoa ocupando tal posto e usou sua mente maquiavélica para articular um plano cujo objetivo era destruir seus oponentes.
Ele dominava a arte de dissimular e manipular as pessoas. Provas disso são os fatos de Otelo chamá-lo, com frequência, de “O honesto Iago” enquanto esse o traía.