26 de fevereiro de 2009

Othello

Othello





Otelo foi um filme marcante, pela história que o envolve e para enterdermos o contexto estudado na Literatura Inglesa. Para isso escolhemos os três principais personagens da trama, discorremos sobre suas características, e, ao mesmo tempo, contextualizamos com a obra:





Otelo - General mouro e nobre a serviço da República de Veneza.
Otelo, de fato é "nobre": seu consciente antes da queda está sob firme controle, sendo justo e absolutamente digno, de caráter, atitudes e sentimentos nobres.
Entretanto, era ingênuo, pois desconhecia a maldade humana e era incapaz de reconhecer a malícia nas pessoas.
Isso é percebido quando ele descobre que fora traído por Iago e acredita que tal atitude não é obra de uma pessoa, mas do diabo. “Procuro ver-lhe os pés. Mas não... É pura fábula. Se fores o diabo, não conseguirei matar-te.” (fere Iago)
Além disso, Otelo era fraco, ele não acreditou que seu amor era forte o suficiente, bastou que Iago insinuasse que Desdêmona o estava traindo para que ele acreditasse.
A sua idade não é revelada na obra, mas são encontradas algumas passagens que nos remetem a idéia de que ele era um homem de idade avançada.

Desdêmona
- É uma jovem nobre, pretendida por vários jovens das melhores famílias da República, não apenas por sua beleza, mas também por seu rico dote.
Ela era "uma jovem tão tímida, de espírito tão sossegado e calmo, que corava de seus próprios anseios!".
Tais características ficam explicitas na atitude de seu pai,
que ao saber que ela casou-se com o Mouro, atribuiu tal fato à bruxarias. Em uma época em que os casamentos eram arranjados pelos pais, Desdêmona gozava do
privilégio de poder escolher seu próprio marido, porque seu pai confiava muito nela.
Todo esse perfil singelo que envolve Desdêmona sofre uma brusca alteração quando ela abandona sua família e, apesar das diferença s de idade e raça , vai viver ao lado de Otelo em sua vida aventurosa de militar.
O fim de Desdêmona é extremamente triste: Além de ter sua imagem de esposa dedicada maculada, ela é abandonada por Deus, ou seja, nos seus últimos momentos de vida, não teve sequer o consolo da religião (p142).
Desdêmona é um personagem que , além de tudo o que já foi dito, nos ajuda a
entender um pouco mais do próprio Otelo. Por meio dela nos é revelado os traços morais de Otelo, características essas que contrastam com seu exterior rude.

Iago - o tempo todo, a falsidade e a corrupção permanecem em segredo. A dissimulação de Iago reina entre a aparência e a realidade.
Ele ri às escondidas de suas maldades e tem o público como seu confidente. Acena e pisca o olho para a platéia, querendo atrair o público com sua esperteza.
Só nós os espectadores conhecemos as intenções de suas maquinações.
Não temos como negar; a tragédia de Otelo é, precisamente, o fato de Iago conhecê-lo melhor do que ele próprio se conhece; à sua maneira excepcional, foi o mais inquisidor e universal dos observadores, levado pelos propósitos de descobrir ou inventar.
Ele era alferes de Otelo, que no regime militar atual, corresponde ao posto de 2º tenente.
Não media esforços para alcançar seus objetivos e todo lado negro de sua alma vem à tona em seus monólogos.
Iago odiava Otelo. Ele não suportou o fato de Otelo ter promovido Cássio ao posto de Tenente, cargo esse que ele acreditava ser seu pelo fato de possuir maior experiência.
Iago, não suportando ver outra pessoa ocupando tal posto e usou sua mente maquiavélica para articular um plano cujo objetivo era destruir seus oponentes.
Ele dominava a arte de dissimular e manipular as pessoas. Provas disso são os fatos de Otelo chamá-lo, com frequência, de “O honesto Iago” enquanto esse o traía.